O open finance, é uma evolução do conceito do open banking, uma das ferramentas de crédito que merece atenção das pessoas físicas que pretendem ter acesso a crédito de maneira mais prática em um futuro próximo.
O open finance, nada mais é do que um compartilhamento de dados, em que o cliente decide se e quais informações financeiras pessoais ele irá compartilhar com outros bancos, corretoras, instituições financeiras, a fim de, por exemplo, obter vantagens em empréstimos com taxas de juros menores, seguros de vida, previdência privada, etc.
Tudo isso é feito respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD, para que as informações fiquem protegidas em uma plataforma restrita, na qual só o próprio cliente e as instituições que ele autorizar podem acessar seus dados.
É dessa forma que as entidades financeiras, bancos e empresas de crédito, poderão, também, oferecer às pessoas físicas o modelo de crédito que julgarem mais adequado às suas necessidades, de acordo com o perfil e dados coletados naquela plataforma.
De acordo com levantamento da Serasa Experian, de abril de 2022, a expectativa é de que com o open finance até 46 milhões de brasileiros poderão ser inseridos no mercado de acesso ao crédito oferecido por bancos, corretoras, fundos de previdências, etc.
Isso porque o open finance permite que as instituições financeiras tenham um conhecimento mais qualificado sobre a situação financeira de seus clientes: se são bons pagadores, se há saldo em suas contas correntes, se possuem investimentos etc. Ou seja, o open finance é um meio que pode ajudar na inclusão financeira de muitos cidadãos que precisam de acesso a crédito.
Se você continuar a leitura desse artigo irá descobrir:
- Qual a diferença principal entre open finance e open banking
- Como funciona o open finance
- Como oferecer melhoria na concessão de crédito às pessoas físicas
- Conclusão
Uma ótima leitura!
Qual a diferença principal entre open finance e open banking
Na realidade, os conceitos são bem parecidos, o que os diferencia basicamente além da mudança nas nomenclaturas, é as circunstâncias que podem abranger.
Isto é, enquanto o open banking se refere mais à cultura do sistema bancário aberto, ou seja, apenas nas transações entre bancos, o open finance engloba todo o ecossistema financeiro, o que também inclui fintechs, corretoras, fundos de pensão, etc.
O que é importante ficar claro é que se trata de um compartilhamento espontâneo de dados dos entes do Sistema Financeiro Nacional, o SFN. O open banking é um sistema, que conta com a autorização do Banco Central do Brasil (Bacen), para o intercâmbio de dados entre os bancos e fintechs das pessoas físicas.
No open banking, o consumidor pode ter um controle maior de todas as suas movimentações em um único local, além de receber publicidade e ofertas das instituições em que possui contas correntes sobre diversos produtos que oferecem.
De acordo com o mesmo levantamento citado acima, o open banking tem um potencial de movimentar cerca de R$ 760 bilhões no mercado de créditos do Brasil no intervalo de dez anos.
Como funciona o open finance
Nesse tipo de operação, o cliente, por poder ter o domínio e o conhecimento de todos os seus dados financeiros nos bancos e instituições financeiras, também poderá optar por aquelas escolhas que julgar serem as mais vantajosas para eles.
Na prática, como o cliente terá a liberdade de compartilhar seus dados bancários com todas as instituições que quiser e escolher àquelas que lhes ofereçam melhores condições, isso aumenta seu poder de escolha e liberdade financeira.
Com o open finance as pessoas têm a chance de ter mais benefícios e melhores condições na contratação de crédito como, por exemplo, taxas de juros baixas e maior prazo para quitação do débito.
Além disso, com mais opções de oferta de serviços, os consumidores passam a poder escolher serviços mais adequados a sua realidade, como uma previdência privada que atenda melhor suas necessidades ou investimentos com lucro previsível e resgate imediato.
Como oferecer melhoria na concessão de crédito às pessoas físicas
No caso do open finance, a instituição financeira tem acesso a muitos dados do cliente, o que permite saber, por exemplo, se ele está precisando de dinheiro, se tem investimentos, se costuma poupar quantias todos mês, dentre outros.
Dessa forma, os bancos e financeiras podem elaborar propostas mais personalizadas, mais atrativas e com maior chance de ser aceita pelo cliente. Às vezes, mesmo antes de rejeitar um serviço de crédito ou outro, o banco ou empresa já consegue fazer uma contraproposta melhorando certas condições da concessão porque eles conhecem o perfil do cliente.
Ou seja, com o open finance, não apenas o score do cliente será considerado, mas também sua renda familiar, o salário ou ganho mensal, as despesas fixas, comportamento de compra, enfim, diversos fatores que vão influenciar na concessão ou não de crédito.
Daí então, a partir dessa análise mais completa sobre os hábitos e realidade financeira da pessoa, a avaliação de risco daquela transação fica mais clara e completa.
A partir dos dados disponíveis no open finance, é possível até oferecer um empréstimo com juros mais baixos se a análise mostrar que, embora negativado, o cliente é um bom pagador e que apenas está passando por um momento difícil.
Afinal, a inadimplência pode ter várias razões e isso deve contar na análise. Como por exemplo, no caso de acidentes naturais em que um bar ou loja de roupas perde seu estoque e não consegue honrar em dia com os pagamentos do empréstimo por falta de fluxo de caixa.
Conclusão
Nesse texto, você entendeu o que há de igual e o que diferencia os sistemas de open banking e open finance e, de que forma, isso pode beneficiar os clientes em relação a obtenção de crédito.
Também entendeu melhor o mecanismo de funcionamento do open finance, de que forma essa ferramenta pode ajudar o consumidor a obter crédito, ter mais confiança no sistema bancário brasileiro e poder de escolha na hora de saber onde investir, adquirir um empréstimo e adquirir produtos financeiros em bancos e financeiras do País.
Por fim, ainda foi possível entender quais vantagens os brasileiros terão com esse novo sistema, que deve ter sua implementação total feita até o segundo semestre de 2022 no Brasil.