Todos os segmentos registraram performance negativa. Bancos e financeiras são principais responsáveis pela queda
A procura por crédito no Brasil apresentou uma diminuição de 15% durante o primeiro semestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os principais responsáveis por essa queda foram os bancos e as instituições financeiras, que registraram uma redução de 18% na demanda nesse período. Além disso, os setores de serviços (-10%) e varejo (-9%) também apresentaram desempenhos negativos. Esses dados provêm do Índice de Demanda por Crédito (INDC), que avalia mensalmente o número de solicitações de financiamentos nos setores de varejo, bancos e serviços.
Ao analisar os números mensalmente, observa-se que junho também teve um desempenho negativo, com uma queda de 8% em relação a maio. A demanda por crédito junto aos bancos e financeiras mostrou uma redução de 10%, enquanto o setor varejista teve uma queda de 5%. Por outro lado, o setor de serviços apresentou uma ligeira melhora, com um aumento de 1%. Esses dados reforçam o cenário de cautela na concessão de crédito, que tem experimentado quedas mensais, com algumas pequenas melhorias, como as observadas em março e maio.
Segundo comunicados do BC, a taxa vem sendo mantida em níveis altos como forma de controlar a inflação. Porém, um efeito adverso é que a Selic alta também é recessiva, ou seja: dificulta o crédito, o consumo e investimentos.
Para o professor de economia Ruy Santacruz, da Universidade Federal Fluminense (UFF), além de reflexo dos juros altos, os dados da SCI Bhive trazem um efeito estatístico, devido à grande demanda por crédito durante os últimos anos.
“A retenção da demanda por crédito ocorre em função de uma procura muito alta durante a pandemia e logo depois da pandemia também. Então, na verdade, a demanda por crédito não está baixa hoje em dia, ela está até razoavelmente alta. Ela cai porque está dentro de um patamar ainda mais alto”, pondera o professor.
Em uma comparação entre junho de 2023 e o mesmo mês de 2022, o INDC registrou uma queda de 6%. O setor financeiro experimentou uma redução de 17%, enquanto os serviços tiveram um aumento de 22% e o varejo de 21%. Costa destaca que a perspectiva não é de otimismo, mas sim de uma desaceleração na piora da situação. Embora o INDC ainda apresente um desempenho negativo, a queda tem sido mais moderada nos últimos meses. Ele enfatiza a persistente incerteza no cenário, recomendando uma precaução redobrada.
No setor varejista, a classificação do INDC por segmento em relação a maio é a seguinte: destaque para o setor moveleiro, com um aumento de 42%, seguido pela categoria “outros” (+10%) e lojas de departamentos (+4%). Por outro lado, os segmentos de eletroeletrônicos (-15%) e supermercados (-8%) registraram quedas no mesmo período.
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