Fraude on-line: tentativas crescem 58% em um ano. Veja como se proteger

O dado é do Mapa de Fraude, da ClearSale, que analisou mais de 375 milhões de transações realizadas na internet, em 2021. O crescimento acentuado preocupa e reforça a necessidade de investimento em segurança cibernética antifraude, por parte das empresas, e atenção redobrada dos consumidores.

O levantamento do número de fraudes on-line, considerou transações realizadas em e-commerces, bancos e outros serviços financeiros, além de sites de telecomunicações. Segundo a empresa, o Dia das Crianças foi o período com mais tentativas de fraudes.

O aumento no volume de compras via internet, impulsionado pela pandemia de Covid-19,  é uma das razões para este crescimento de fraudes e tentativas de uso indevido de senhas, dados etc.

Veja este artigo sobre o uso da biometria facial para combater fraudes.

Continue a leitura desse post e confira:

  • Tipos mais comuns de fraude
  • Não caia em golpes: dicas para a sua vida pessoal
  • Conclusão

Tipos mais comuns de fraude

Segundo informações divulgadas pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em junho de 2020, quase 60% das pessoas entrevistadas por eles relataram que haviam sofrido algum tipo de fraude financeira nos últimos 12 meses.

Dentre os problemas mais comuns, estão: não recebimento de produto ou realização de um serviço contratado, golpes por meio de ligação ou e-mail, clonagem de cartão e pagamento de cobrança falsa (boletos).

Uma outra pesquisa, essa da Fraud & Abuse Report da Arkose Labs, empresa especializada em segurança da informação, apontou o Brasil como o 5º país mais afetado por fraudes na internet, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, Rússia, Indonésia, Filipinas e Reino Unido.

Um dos tipos mais comuns de fraude no meio digital é o pishing, quando o usuário clica em um link que recebeu via WhatsApp, e-mail ou SMS e é levado para sites fakes cujo objetivo é apenas roubar informações ou instalar vírus.

Nesses domínios, os hackers que podem ser pessoas ou robôs, clonam dados pessoais e/ou instalam um vírus espião que rouba senhas e retransmitem todas as suas atividades realizadas no seu computador, smartphone, tablets etc.

Também fica aqui um alerta para a existência de boletos falsos. Eles chegam via e-mail e se parecem muito com os verdadeiros. Inclusive, possuem o logo da empresa.

Se ficar na dúvida, é mais seguro acessar o app, site oficial ou ligar para a empresa e confirmar se, de fato, existe um débito em aberto.

Lembre-se de utilizar os contatos oficiais localizados no verso do cartão do banco, site ou outra plataforma, e não o que consta nesse boleto, e-mail, porque até nisso os estelionatários pensam.

Não caia em golpes: veja como se proteger de fraudes on-line

Como se não bastasse perder dinheiro, quase 20% dos entrevistados tiveram ainda outra dor de cabeça: o nome inscrito no cadastro de devedores em órgãos de proteção de crédito.

Se você não quer ter esse tipo de problema ou já teve e não pretende passar apuros novamente, confira dicas para não cair em golpes e fraudes on-line. 

Compras on-line

  • Certifique-se de que a empresa existe de verdade. As pessoas são atraídas, por publicidade paga, para sites fantasmas, acham que estão comprando um produto, mas na verdade estão pagando por algo que nunca vão receber.

Procure pela empresa em sites como o reclameaqui.com.br onde as pessoas denunciam este tipo de problema, mau atendimento, dentre outros problemas;

  • Guarde os comprovantes de pagamento, anote ou imprima o número do pedido e guarde os e-mail de confirmação da compra;
  • Crie senhas com números, letras maiúsculas e minúsculas e símbolos e sempre faça logoff da área de compras. Nunca deixe ativada a opção “lembrar minha senha”;
  • Mantenha o software do celular sempre atualizado. O mesmo vale para computadores e tablets e para os aplicativos de bancos;
  • Não forneça suas senhas e nem o código de segurança do seu cartão para ninguém e muito menos via app de conversa, e-mail e afins;
  • Ative no app do seu banco a opção de “alerta de transação”. Assim, a cada compra você será notificado(a) por SMS, e-mail ou alerta no aplicativo do banco; 
  • Veja se o seu banco tem a opção de cartão on-line. Ele funciona como um cartão em que você coloca crédito e utiliza somente para compras efetuadas pela internet. É uma forma mais segura de evitar débitos indevidos e de valor alto na sua conta corrente.

Ligações, boletos e e-mails

  • Não abra e-mails de desconhecidos e nem clique em links suspeitos. Mesmo que cheguem de um remetente que você conheça, é válido perguntar se o link é seguro. Às vezes a própria pessoa foi hackeada ou teve o perfil clonado e nem sabe;
  • Desconfie de ligações que pedem sua senha ou para confirmar dados pessoais. Não é prática de bancos e nem de empresas pedir esse tipo de informação.

Caso aconteça, é melhor desligar e entrar em contato pelos canais oficiais indicados no cartão de crédito, na fatura da empresa de  telecomunicação ou site oficial;

  • Caso receba uma mensagem, ainda que apareça a foto de um familiar ou conhecido seu, pedindo transferência bancária, depósito ou pagamento de boleto, ligue para a pessoa para confirmar se foi ela mesma quem lhe fez o pedido.

Tem sido muito comum golpes desse tipo pelo WhatsApp. O golpista pega a foto de um contato com quem você fala constantemente e se justifica dizendo que aquele é um número novo de celular. Fique atento(a)!

Confira esse artigo sobre Pagamento por WhatsApp Pay pode ser arriscado? Veja como fazer de forma segura.

Conclusão

O número de fraudes on-line tem crescido todos os anos, embora haja investimento em cibersegurança por parte das empresas. O Brasil está entre os cinco países com mais ataques virtuais já que hackers e golpistas estão sempre criando novas formas de burlar as tecnologias e você precisa ficar atento(a) para não virar vítima.

Nesse artigo, você conferiu algumas dicas para minimizar o risco de fraudes em  compras on-line e agora está ciente de que existem boletos falsos que chegam por e-mail e se parecem muito com os verdadeiros.

Além disso, você viu que os fraudadores estão aplicando golpes pelo WhatsApp pedindo PIX ou transferência bancária e utilizando a foto de uma pessoa que o usuário conhece só para a fraude parecer real.

Você já passou por alguma das situações que mostramos no texto? Comente aqui embaixo.

Nos utilizamos seus dados para analisar e personalizar nossos conteúdos e anúncios durante sua navegação em nossos sites, em serviço de terceiros e parceiros, Ao navegar pelo site , você autoriza a SCI B-Hive a coletar tais informações e utilizá-las para estas finalizades. Em caso de dúvidas, acesse nossa Politica de Privacidade.