O que é metaverso e por que as empresas estão investindo nisso?

Você já ouviu falar em “metaverso”? Se sim, então, provavelmente sabe que muitas empresas estão investindo muito tempo e dinheiro nisso e que muitas pessoas já o apontam como o futuro dos negócios e da tecnologia.  

Se não ouviu falar, não se desespere. O termo é relativamente novo, muitas pessoas ainda não sabem do que se trata e muitas questões acerca de seu funcionamento ainda estão sendo desenvolvidas e debatidas.

Continua  a leitura que este texto vai te ajudar a entender porque o metaverso vai ser um novo caminho para os negócios e para a comunicação; seus pontos fortes e fracos; e por que parece que todas as pessoas do mundo corporativo – e fora dele – estão tão fascinadas com essas possibilidades que o metaverso oferece.

Para deixar o conceito e suas implicações mais simples, o texto está dividido nos seguintes itens:

  • O que é metaverso
  • Desde quando existe esse conceito
  • Desde quando as empresas estão investindo nisso
  • Como é possível ter lucro com o metaverso
  • Quais são os problemas que ele pode trazer

Vamos lá? Não deixe de terminar a leitura!

O que é metaverso

Em linhas gerais, é uma nova realidade capaz de englobar, unir, o mundo real e o mundo virtual, de modo a fazer com que os usuários possam verdadeiramente viver as experiências que antes eram apenas virtuais.

De maneira mais ilustrativa, é mais ou menos o que é mostrado em filmes como Matrix (1999), Avatar (2009) e Jogador No. 1 (2018), em que, através de seus avatares, as pessoas podem viver uma nova realidade e até trocar experiências com outras pessoas que existem na vida real.

O metaverso usa as tecnologias de realidade aumentada e realidade virtual para fazer a imersão do usuário, tornando tudo muito parecido com o que fora dos games e mundo virtual, chamamos de vida real.

Desde quando existe esse conceito

A primeira vez em que o termo “metaverso” foi utilizado, foi em 1992, no livro Snow Crash, da autoria de Neal Stephenson, um dos grandes mestres da ficção científica e, não por acaso, consultor de empresas ligadas à Microsoft e ao Google. 

Snow Crash juntou as palavras “meta” (em inglês “transcendente” ou “mais abrangente”), com a palavra “universo”, criando “metaverso”. Em sua obra, os personagens iam para o metaverso quando queriam fugir de situações terríveis, algo bem parecido com o que muitos especialistas de saúde mental chamam hoje de “fuga da realidade”. Mas esse é um papo mais profundo que não é o foco desse texto.

Não é difícil, imaginar, portanto, que a ideia de ganhar dinheiro com o metaverso – até pouco tempo ficcional – já existe há pelo menos três décadas e tem sido estudada a fundo por especialistas em tecnologia.  

Desde quando as empresas estão investindo nisso

É muito provável que no seu computador ou celular, as suas redes sociais permaneçam logados automaticamente.Talvez você nem tenha percebido a mudança, mas o Facebook agora se chama META.

Na verdade, não é só o Facebook que mudou de nome, mas, sim, todo o grupo empresarial presidido por Mark Zuckerberg  e tal mudança não é, obviamente, uma questão meramente estética, mas um importante recado sobre a mentalidade da empresa e os novos rumos que ela tomará. 

“Hoje somos vistos como uma empresa de mídia social, mas em nosso DNA somos uma empresa que constrói tecnologia para conectar pessoas e o metaverso é a próxima fronteira, assim como a rede social foi quando começamos”, afirmou Zuckerberg ao comentar a mudança. 

Ou seja, eles já estão de olho no potencial do metaverso e estão trabalhando nisso! Quando um conglomerado com o poderio financeiro e, principalmente, com o alcance social do Facebook Inc. anuncia a mudança de seu nome e de sua visão empresarial, fica mais do que claro para empresários do mundo todo que o metaverso não é mais apenas algo de filmes de ficção. 

No entanto, vale destacar que, embora a mudança de nome do Facebook Inc. seja um marco para o uso empresarial do metaverso, outras empresas já estavam atentas às novas possibilidades, como a Nvidia, Nike e a já citada Microsoft. 

Engana-se quem acha que apenas as gigantes da tecnologia estão embarcando nessa aventura do metaverso. Temos empresas brasileiras pesquisando e implantando o metaverso e outras que não são de tecnologia, mas estão com ações dentro de games, ambientes virtuais ou trazendo o conceito de metaverso para seus serviços.

Ou você acha que a Magalu, gigante do varejo, transformou sua mascote em boneca 3D, com características de avatar de jogo, sem intenção alguma? Inclusive, a marca anunciou que a Lu é uma influenciadora virtual e no dia 24 de agosto de 2022 ela fez sua primeira participação em um evento da META, o Horizon Workrooms.

Sim, você entendeu direito, a avatar participou de um evento e concedeu entrevista sobre os planos da empresa para explorar o metaverso. E isso não é só, ela já esteve até na capa da Revista Vogue e é a influenciadora que aparece em todas as postagens do perfil do Instagram da Magalu.

Vale a pena acessar e ver como a marca está trabalhando a sua comunicação sempre com a presença da avatar. A Lu, nome dado a personagem, sempre está falando de temas que estão no topo de buscas no Google ou bombando nas redes sociais. Recentemente, por exemplo, ela aparece em um conteúdo sobre as figurinhas do álbum da Copa.

Como é possível ter lucro com o metaverso

As possibilidades ainda estão se abrindo e, por isso, os limites ainda estão sendo conhecidos, mas a verdade é que, de acordo com o que vem sendo experimentado, parece haver várias maneiras de se obter lucro com o metaverso. Músicos podem realizar shows, empresas podem fazer anúncios, vender produtos e, também, realizar eventos.

E se você estiver se perguntando como, afinal de contas, funciona a economia do metaverso, a resposta está em termos que provavelmente você já ouviu falar: lembra-se dos bitcoins surgidos há alguns anos e amplamente divulgados pela mídia? 

Junto com eles, veio a Blockhain, uma tecnologia que consiste basicamente em um grande banco de dados compartilhado que registra as transações dos usuários, mas há uma grande diferença desse banco de dados para os tradicionais. 

Eles operam de forma totalmente independente de bancos, governos, autoridades e empresas; e é com essa tecnologia, fundamental para as primeiras transações com bitcoins, que deve ser construída a economia própria do metaverso. Além dela, serão usados NFT’s (Non-fungible Token”, tokens criptografados) para registrar propriedades e outras soluções como certificados digitais. 

Falando em economia, as previsões de lucros para as empresas são as mais otimistas possíveis. A Bloomberg Intelligence prevê um lucro de US $800 bilhões em 2024, alavancado principalmente pelos games e eventos. 

Quais são os problemas que ele pode trazer

A grande verdade é que todos ainda parecem fascinados demais pelas possibilidades do metaverso para pensar nos contras dessa nova tecnologia, mas é óbvio que eles fatalmente surgirão. 

Assim como aconteceu com tecnologias recentes, como as redes sociais, muitos enxergam no metaverso o fim da privacidade e o início de mais um “vício tecnológico”. Além disso, não devemos perder de vista que a expansão do metaverso está totalmente condicionado à evolução das tecnologias atuais. 

A questão da proteção de dados, prevista na LGPD, ainda é um desafio para os desenvolvedores, mas há um grande esforço para criar experiências imersivas sem ferir a lei ou colocar em risco as informações pessoais dos usuários.

Conclusão

Para muitos pode ser assustador; para outros, um fascínio, mas a verdade é que os filmes e romances de ficção científica não parecem mais presos às telas de cinema e às páginas de nossos livros. 

As possibilidades tecnológicas e financeiras do metaverso parecem cada vez mais desprovidas de limites e isso anima o mercado. Então, se você ainda não está por dentro do tema, convém começar a se inteirar; e não há nada de errado em começar a pesquisa pela ficção. Afinal, foi de lá que saíram as bases do que parece ser o futuro real.

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